Quem nunca conheceu ou ouviu falar de um garoto quieto, inteligente e extremamente reativo? Certamente todo mundo. Hoje vou falar de um garoto assim, mas além de tudo enigmático, e bastante problemático: Kevin.
Sinopse: Eva (Tilda Swinton)
mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas,
ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as
pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada
com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper
Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o
primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o
tempo a situação foi se agravando, mas mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva
jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.
Produzido em 2011 e lançado
no dia 27 de janeiro de 2012, tendo como diretor Lynne Hamsey, o
filme foi exibido no Festival de Cannes 2011, causando desconforto entre a
plateia diante um tema pesado sobre violência nas escolas.
Se você gosta de filmes, como eu, que abordam transtornos
psicológicos e de personalidade, então estamos falando do filme certo. Admito
que ao ler pela primeira vez a sinopse do romance de Lionel
Shriver, fiquei muito interessado na
leitura do mesmo, embora ainda não o fizesse, mas só depois soube que o livro
foi adaptado para o cinema.
Precisamos Falar Sobre o
Kevin vai muito além de um ato feroz de violência na escola, abordando temas
complexos desde a criação dada pelos pais aos filhos, assim como o caráter, ao
temperamento v.s. personalidade, e talvez seja esse o motivo de tantas críticas
feitas pelo público, tanto positivas, quanto negativas.
O que define nossa
personalidade, e além de tudo, nosso caráter? É essa a pergunta que me fiz ao
assistir ao filme. Uma criança que é amada pelos pais, recebe uma boa educação
e convive em um meio aparentemente normal tende a ser alguém sensível e pelo
menos com um bom caráter, no mínimo é o que a maioria consegue deduzir. Mas nem
sempre é o que acontece, temos inúmeros exemplos de verdadeiras atrocidades que
ocorreram em escolas, tendo como ator na maioria dos casos, um jovem, de
família comum, quieto, solitário, tímido e inteligente, como no caso mais
recente, o massacre ocorrido em uma escola de Connecticut, no qual um jovem armado disparou e matou 27
pessoas.
Kevin definitivamente está
incluído nestas características, sendo elas biológicas ou não, temperamentais
ou sociais, nos faz refletir na natureza da personalidade e nos distúrbios
psicológicos que cada vez mais ganham espaço na nossa sociedade.
A atuação
dramática dos personagens combinado com a denúncia dos problemas e sentimentos
que envolvem a mente humana, assim como as relações sociais, faz com que o
filme se torne épico. Um filme que com certeza vale a pena ser assistido, e que
faz qualquer um refletir e se surpreender.
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