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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Jack, o Estripador

Na primeira semana de aula, levei “O Diário de Jack, o estripador” para o colégio com a intenção de ler assim que tivesse tempo - gostei tanto do livro que mal conseguia desgrudar dele – e, inocentemente, acreditando que todos sabiam pelo menos um pouco da história do estripador de Londres, tive uma enorme surpresa ao me perguntarem: “Sim, mas quem é esse Jack?”. Fiquei muito decepcionada com a pergunta, e por causa disso iniciarei essa indicação de livro fazendo um breve resumo sobre a história de Jack.

‘Quem é esse Jack?’, ou melhor dizendo, quem foi esse Jack.
No final do século XIX, precisamente em 1888/1889 ocorreram diversos assassinatos no distrito de Whitechapel, em Londres. As vítimas, mulheres que ganhavam a vida como prostitutas, eram estripadas de forma animalesca pelo assassino. O apelido Jack, o estripador (em inglês: Jack the Ripper), foi tirado de uma carta, enviada à Agência Central de Notícias de Londres, por alguém que se dizia o criminoso. Entretanto ninguém pôde confirmar a autenticidade dessa carta e de muitas outras assinadas como 'Sinceramente, Jack, o estripador'. A polícia falhou em capturar o agente dos crimes - que tornou-se notório justamente por conseguir escapar impune.


O caso de Jack deixou uma imensa lista de suspeitos e nenhuma resposta. Não houve conclusão do caso. Mas, no final do século XX achou-se um diário, assinado supostamente por Jack, que poderia (ou pode) ser a chave para desvendar esse mistério.
Sim, também pensei em uma falsificação moderna ou até mesmo antiga, assim como poderiam ter sido as cartas enviadas à Agência Central de Notícias de Londres, ou como foram os diários de Hitler. E foi assim que a autora, Shirley Harrison, encarou o diário pela primeira vez.


O livro começa falando sobre as pesquisas exaustivas para provar que o diário é mesmo da época vitoriana e durante a leitura, você acaba acreditando (ou querendo acreditar) que o diário é autêntico.
“Se este Diário for uma falsificação moderna – e tenho certeza de que não é – e se eu fosse o fraudador, eu o consideraria o ápice de minha realização literária.”, foi o que Bruce Robison, indicado ao Oscar e roteirista do filme Os Gritos Do Silêncio comentou sobre o diário.

Depois de falar sobre as pesquisas, o diário relata toda a vida do suposto (ou real) estripador, James Maybrick. É incrível como a vida do comerciante de algodão se encaixa perfeitamente com o que tem escrito no diário. Se esse diário for mesmo falsificado, o falsificador teria que conhecer a fundo os costumes da era vitoriana e detalhes da vida pessoal e familiar de Maybrick.

Enquanto relata os acontecimentos da vida de James e seu casamento frustrante, a autora vai relacionando e achando explicações de alguns fatos através do diário.


O livro contém xérox das paginas originais do diário e ao lado as respectivas traduções.
Além disso, o índice do livro chama bastante atenção, já que os capítulos são nomeados com trechos retirados do diário. Entre eles:

2. Minhas mãos estão frias, meu coração, eu acredito ser ainda mais frio.
5. Amanhã comprarei a melhor faca que o dinheiro pode compra, nada será bom demais para minhas putas.
7. Para meu espanto, não posso acreditar que não fui capturado.
8. Antes que eu pereça, toda a Inglaterra conhecerá o nome que dei a mim mesmo.
9. Deus me colocou aqui para matar todas as putas.
22. Eu rezo para que aquele que ler isto consiga perdoar-me em seu coração.



 O livro ainda contém mapas atuais e da época, fotografias de James e Florence Maybrick (ver imagem), dos rostos das prostitutas mortas, entre outros.

Espero, de todo coração, que essa postagem desperte o interesse de vocês, porque eu, de fato, fiquei encantada.

“Eu ofereço meu nome para que todos o conheçam, e para que a história mostre o que o amor pode fazer com um homem nascido gentil.
Sinceramente, Jack, o Estripador”












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