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domingo, 21 de julho de 2013

Amsterdã Blues

Amsterdã Blues, obra que marca o início da carreira do holandês Arnon Grunberg como escritor, é traduzido diretamente do holandês, tornou-se imediatamente um best-seller com a venda de 70 mil exemplares na Holanda, em 1994, quando o autor tinha apenas 22 anos.
Com narrativa ágil e linguagem contemporânea, Amsterdam Blues é uma novela picaresca em que situações trágicas são retratadas com humor. O protagonista Arnon Grunberg – que tem o mesmo nome do autor – é um jovem de origem judaica que passa seus dias em bares, gasta suas economias com prostitutas e tem de lidar com seu primeiro amor e, ao mesmo tempo, com o pai doente que, preso a uma cadeira de rodas, insulta a enfermeira.
A partir da metade desta história com tantos elementos autobiográficos, contada pelo seu autor em bares e em cartas para amigos, antes de ser publicada, esperamos que Arnon se emende, tenha algum tipo de alegria e siga adiante com a vida. Em vez disso, ele permanece ensimesmado do começo ao fim, criando um retrato estático de uma Amsterdã anônima.
 

Amsterdã Blues foi um livro que me interessei unicamente pelo título, que traz consigo o nome de uma cidade maravilhosa, e que eu sonho com o dia em que poderei conhecê-la. E assim, sem ler sinopse nem nada, eu iniciei uma leitura conturbada e um tanto frustrante e, com um pouco de esforço, consegui chegar às últimas páginas para dizer que foi uma experiência decepcionante.

O livro tem algumas características que me agradaram, portanto não foi todo decepção, mas a questão é que o autor apela bastante por uma linguagem xucra, um tanto trágica e cínica. Eu gosto de literatura  tragicômica, não dá para negar, mas, com exceção de algumas partes, o livro tornou-se um tanto parado, chato, e que interferiu bastante no enredo.

Arnon Grunberg é autor/personagem e conta em seu livro as mais absurdas experiências de sua juventude, desde sua frustrada infância com sua família judaica à conturbada e badalada maioridade. O personagem, expulso da escola, procura satisfazer a sua pacata vida se aventurado pelas noites de uma Amsterdã anônima. A sua situação não muda quase nada, do começo ao fim da história, permanecendo sempre na mesmice de uma vida trágica e pitoresca, dando à Amsterdã um caráter estático e desprezível.

Para você que sempre aguarda um final feliz e gosta de se surpreender com uma história, Amsterdã Blues não é uma obra nem de longe indicada, pois não se encaixa nessas características. Pelo contrário, é um livro que não procura atender às expectativas do leitor, que faz piada com a tragédia, e que, concomitantemente, nos deixa um novo significado para a maioridade e o amadurecimento.




1 comentários:

David Barros disse...

Adorei o post...Bastante interessante ^^ Blog tá lindo.Parabéns !! ;))

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