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terça-feira, 16 de abril de 2013

A mente da gente


Ah! Se eu pudesse mudar certos conceitos e atitudes humanas, eliminar a histeria de muitos e compreender a mente da gente. Dessa gente que mente. Ah! Se eu pudesse desvendar e controlar meus “fantasmas” interiores. Transformar essa gente que se esconde atrás de suas próprias “máscaras”, atrás dos seus medos e defeitos, cheias de si mesmas, egocêntricas e egoístas. Se pudesse, ainda acabava com o tédio global, com a mesmice de cada dia que persegue a todos. E tornaria essa gente, pessoas felizes, generosas, solidárias, e acima de tudo esperançosas.
Como estagiário em um manicômio, deveria manter a calma, e sobretudo a paciência, é certo que era apenas meu segundo dia, mas a cada minuto que passava, minha mente se apertava, e queria de alguma maneira entender o porquê da mente humana e do ser humano em si ser tão complexo. Observando a triste realidade ao meu redor, me perguntava se estava certo de que queria passar toda a minha vida estudando um ser tão difícil e tão miserável. Afinal, a psiquiatria  sempre foi uma das artes mais difíceis, a arte do poder da mente.
Viajando no meu mundo, no qual apenas eu sou o autor, e personagem principal, e onde a todo o momento surgem improvisos para o “teatro” da vida, me sinto seguro, e tão livre a ponto de pensar tolices, de questionar o inquestionável, e de sonhar. Então me pus a sonhar.
Sonhar. Este ocupa a minha mente, durante quase todo tempo, não só a minha, mas de toda essa geração de covardes e desumanos, a própria raça humana. Mas acredito que lá no fundo, no interior de cada “ser” exista bondade, todos somos bons e maus, porém devemos saber expressarmos e compartilharmos a bondade, e guardar, mas bem guardado a maldade.
Ah, se eu pudesse! Se eu pudesse ler a mente humana, desvendar os segredos melhor escondidos, decifrar as atitudes mais insanas e violentas dessa raça problemática, descobrir a cura para as loucuras da nossa mente, como as que presenciava naquele hospício, assim como as que algumas pessoas não só presenciam, como fazem parte das suas vidas, pois todos nós vivemos em um imenso manicômio global.
Toda a humanidade aterrorizou-se, como hoje, muitos fizeram parte de uma estória de terror. O maior genocida e sociopata de todos os tempos, Adolph Hitler, massacrou e dizimou milhares de pessoas, sentia prazer ao ver e participar da morte, ou do “assassinato” de milhares de judeus inocentes, a raça que mais sofreu durante toda história humana. Com os seus minuciosos discursos, extremamente calculista, conseguiu manipular a frágil mente da sociedade da época, e penetrou no inconsciente coletivo, formando verdadeiros psicopatas funcionais, autômatos de suas próprias mentes.
Ah, se eu pudesse entender a mente desses loucos, desses terroristas e mercenários, e de alguma forma, evitaria o destino cruel que tiveram várias raças e povos. Mas ainda é possível que cada um de nós possamos ser “humanos” o suficiente para evitar que esses tipos de carnificina humana ocorridos durante a história, não venha a ocorrer novamente hoje ou no futuro.
Somos nós loucos! Loucos que agem inconscientemente, apesar de sermos conscientes. Há tantos loucos no mundo. Há os loucos compulsivos; que compram e consomem incontrolavelmente, há também os que falam e agem sem pensar, tolos. Há aqueles mais perturbados, que matam e roubam. E há também os que estão cheios de conhecimento, e o transmite, porém acabam com mentes vazias, pois se deixam ser contaminados pelo caos social; além daqueles que possuem fama, dinheiro ou poder, mas os desperdiçam.
Decidi então que é melhor fazer, agir, e ter atitude, do que pensar ”Ah! Se eu pudesse...”. Se sou louco, porque não tentar entender um louco, se não ajo como um? Basta sabermos separar a realidade, do mundo imaginário. Se temos algo a fazer, que o façamos logo, se temos um objetivo, devemos ir em busca dele. O dever de cada um é viver e compartilhar um sonho. Se queremos que as pessoas mudem, que o mundo mude, temos que iniciar a mudança na nossa mente, na mente da gente, no modo de pensarmos e agirmos.

Aldrin

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