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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Precisamos Falar Sobre o Kevin: O Filme


Quem nunca conheceu ou ouviu falar de um garoto quieto, inteligente e extremamente reativo? Certamente todo mundo. Hoje vou falar de um garoto assim, mas além de tudo enigmático, e bastante problemático: Kevin.






Sinopse: Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando, mas mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.




Produzido em 2011 e lançado no dia 27 de janeiro de 2012, tendo como diretor Lynne Hamsey, o filme foi exibido no Festival de Cannes 2011, causando desconforto entre a plateia diante um tema pesado sobre violência nas escolas.
Se você gosta de filmes, como eu, que abordam transtornos psicológicos e de personalidade, então estamos falando do filme certo. Admito que ao ler pela primeira vez a sinopse do romance de Lionel Shriver, fiquei muito interessado na leitura do mesmo, embora ainda não o fizesse, mas só depois soube que o livro foi adaptado para o cinema.
Precisamos Falar Sobre o Kevin vai muito além de um ato feroz de violência na escola, abordando temas complexos desde a criação dada pelos pais aos filhos, assim como o caráter, ao temperamento v.s. personalidade, e talvez seja esse o motivo de tantas críticas feitas pelo público, tanto positivas, quanto negativas.
O que define nossa personalidade, e além de tudo, nosso caráter? É essa a pergunta que me fiz ao assistir ao filme. Uma criança que é amada pelos pais, recebe uma boa educação e convive em um meio aparentemente normal tende a ser alguém sensível e pelo menos com um bom caráter, no mínimo é o que a maioria consegue deduzir. Mas nem sempre é o que acontece, temos inúmeros exemplos de verdadeiras atrocidades que ocorreram em escolas, tendo como ator na maioria dos casos, um jovem, de família comum, quieto, solitário, tímido e inteligente, como no caso mais recente, o massacre ocorrido em uma escola de Connecticut, no qual um jovem armado disparou e matou 27 pessoas.
Kevin definitivamente está incluído nestas características, sendo elas biológicas ou não, temperamentais ou sociais, nos faz refletir na natureza da personalidade e nos distúrbios psicológicos que cada vez mais ganham espaço na nossa sociedade.
A atuação dramática dos personagens combinado com a denúncia dos problemas e sentimentos que envolvem a mente humana, assim como as relações sociais, faz com que o filme se torne épico. Um filme que com certeza vale a pena ser assistido, e que faz qualquer um refletir e se surpreender.










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